INDAGAÇÕES

É complicado viver

Ou as pessoas complicam a vida?

Será o ser humano capaz de compreender

E, verdadeiramente, amar sem medida?

Podemos ser portadores do amor

Que tudo crê, suporta e espera?

O amor que na bíblia é citado com louvor

O qual é superior e, se preciso, a vida entrega?

Com os corações empedernidos

Esquecemo-nos do que importa realmente

Nascemos para ter e sermos amigos

Viver feliz e em paz simplesmente.

O que justifica a guerra?

A grande violência e a fome?

A destruição da nossa Terra?

Esta ganância que tudo consome?

Que fim terá a humanidade?

Se é que humanidade há.

Pois esta, há tempos, findou-se na vaidade

E o que de bom ainda resta, logo se irá.

ESTELA DA SILVA MOURA

 

 

 

Identidade

Pedindo licença à minha amiga Jéssica L. Domingues para postar seus pensamentos sobre si mesma... Por incrível que pareça, ou não, também me vejo assim.

De Pernas Para o Ar

"Nada mais faz sentido,

Não sei o que venho sentindo.

Minha correnteza não tem direção,

O que sinto por mim é compaixão.

Minhas verdades viraram mentiras,

Minhas mentiras já não são tão falsas,

Minhas memórias divididas em tiras,

Minhas bagagens estão sem alças,

Minha angústia é equação:

'x²' sem solução.

Não sei mais para onde ir...

O que me resta é sorrir,

O afago me faz falta,

O choro me faz falta,

O riso me faz falta,

A sinceridade me faz falta...

O que tenho agora não me basta.

Sentimentos divididos em pasta

Sorrir para ludibriar olhares:

Quero fugir, respirar outros ares!

Estou sufocada de tanta realidade
O que me resta é a falsidade...
Fugir, chorar, refletir, sorrir, amar, sentir..."

Pensamentos desvairados de uma tarde de revolta...

Este texto eu escrevi na tarde de 20/04/10...

          Viver é estranho, estar neste mundo é estranho, ao menos para quem pensa... e eu penso e muito. As vezes, considero isto uma espécie de maldição, diga-se de passagem... Sou totalmente a favor da humildade, e soberba não é nada legal; porém, por hora, sinto-me orgulhosa de “parecer diferente”. Por que eu sei que por mais misteriosa que a vida pareça, não estou aqui por acaso ou para fazer médias com as pessoas. Tudo tem um porquê se ser. Eu, nós temos um porquê de existir. Tudo, tudo isso não pode ser mera obra do destino, do acaso. Já estou sendo prolixa, eu sei, mas escrever me acalma, já estou menos revoltada que no início deste desabafo.

          Na verdade mesmo, nem há um motivo sólido pra eu esteja tão desvairada... São apenas vários motivinhos que encheram minha mente e meu coração, coisas ao longo da minha vida, e estou cansada disto.

          Será que é muito ridículo querer viver algo mais profundo, ou uma “coisa” que leve à loucura e deixe sem vontade de nada... como se aquele momento, aquele sentimento bastasse, como se, só por aquele instante, toda a vida valesse a pena.

         

      Como eu queria viver algo assim. Mas eu penso que quando a gente procura a felicidade, não encontra.

          “Felicidade não se procura, vive-se.” (Que frase forte, é sempre bom escrever quando estamos com os sentimentos à flor da pele).

          O que eu estou fazendo então? Até então, ou pelo menos nos últimos meses – apesar de tudo – eu me considerei uma pessoa feliz, mas no instante que me bateu a sensação de solidão e vazio, senti-me e infeliz e extremante triste, daí revoltei-me, pois hoje ainda eu disse-me: “Para ter felicidade, basta ser feliz!”. O que eu quero dizer com isso? Curtir as oportunidades que a vida nos põe à porta “numa boa”, sem medos, sem vergonhas... Estar feliz, sentir-se feliz somente pelo fato de ter vida. Mas o que é a vida? Por que nos felicitar-nos em possuí-la? E se não a possuíssemos, não existiríamos, não teríamos consciência, nem ao menos saberíamos como é “ter vida”, nenhuma falta nos faria.

          Pensamentos loucos de uma pessoa que se considera louca. Ou seriam pensamentos brilhantes de alguém realmente louco?

         Já não sei mais o que pensar, aliás, cansei de pensar, minha vida toda foi só pensar. Fiz muitas coisas que quis e fui feliz, mas em boa parte destas coisas sofri, pois viver é um risco, e com o passar do tempo as cicatrizes só aumentam.

          Sabe, no fundo eu só queria ser socorrida e socorrer alguém. Ser socorrida pelo príncipe encantado... Entretanto, contos de fadas não existem, muito menos para jovens de 19 anos. A vida real é bem diferente. Viver até que é fácil, os pensamentos que complicam tudo.

          Por que pensar? E se eu penso que não devo pensar, por que continuo pensando? Não consigo parar. Será que alguém neste mundo seria capaz de responder-me ou ... socorrer-me?

          Diante de tudo que expus, parte de minha revolta se foi, meu coração está um pouco mais calmo. Mas um desejo permanece e cada dia mais forte... O de amar e ser amada verdadeira e intensamente...

Jamais estude em cima da hora...

A aquisição de conhecimento exige sedimentação.

Dizer não...

          Por que na vida, tem certos momentos (e não são poucos) que não conseguimos dizer "NÃO"?
Até dizemos, mas se há uma insistência, não conseguimos manter a palavra com firmeza, e muitas vezes fazemos coisas que não queremos por medo de magoar outra pessoa, ou pelo que vão pensar de nós, ou por raiva, ou por amor...
          Não importa o motivo (ou será que importa?)... A questão é: parar de fazer isso... Parar de ceder quando o seu íntimo diz pra não fazê-lo, depois nós que ficamos mal, pensativos, até arrependidos, só que aí não adianta mais... O fato culminante é: aprender com os erros... depois de tantas cabeçadas continuar fazendo a mesma coisa e sempre se lamentando, perdoem-me, mas já é nescidade (pra não usar o termo "burrice").
         Não pensem, também, que estou julgando alguém, de maneira alguma, se alguém está em julgamento sou eu mesma... quando digo "nós" é porque refiro-me a mim e sei que mais pessoas passam por isso.
Para mim, é uma grande dor ver a fraqueza de minha atitude nestas horas... Uma pessoa que sabe o que quer, decidida não está isenta destes deslizes (Não sei se o que estou dizendo está claro, mas é o que sinto no momento).
         Enfim, este é um desabafo e um alerta, quem lê-lo, reflita bastante nestas palavras. Por vezes nos anulamos sem perceber, e depois não conseguimos enxergar de onde vem aquela pontinha de infelicidade, aquela insatisfação interior, aquele "Algo está errado", e a verdade é dolorosa, pois se algo do gênero acontece, a culpa é nossa. Nós que permitimos que a submissão arrombe nossa porta e nos prenda com seus agrilhões de medo, vergonha, baixa auto estima e auto anulação... Não permita, por motivo algum que isso aconteça, pois a sensação ás vezes chega a ser de incapacidade... Não devemos aceitar tudo que vai acontecendo em nossas vidas, precisamos de uma postura firme e voz decidida na hora de dizer "NÃO".
        Não permita que a vida aconteça e você simplesmente aceite tudo, faça sua vida acontecer... Seja autor e não vítima da sua história...

O amor merece uma n-ésima chance???

          Hoje eu me fiz esta pergunta... Fiquei pensando no meu namoro que acabou, sobre o qual, até então, eu estava resoluta do fim.
          Mas, depois de certo tempo longe, passada aquela euforia da libertação da "pegação no pé" (a qual eu não aguentava mais, e por este mesmo motivo eu pensei não mais amar meu namorado, pois eu estava de "saco cheio" de tanta melação e pressão, isso sufocou o amor que tinha dentro de mim, e fez-me pensar que ele havia morrido), eu me peguei imaginando nós dois numa "n-ésima chance" de amar e fazer tudo diferente...
          Daí, agora a pouco, meu amigo mui querido Jéferson (Young) entrou no msn, e resolvi explicar a ele minha situação, disse o seguinte: "Hoje, eu estive pensando e senti que sou capaz de dar outra chance ao meu namorado sabe, uma chance do tipo, se você perder essa, ADEUS PRA SEMPRE, não foi po falta de tentativa... E eu senti também que ainda há um amor dentro de mim, só que a pressão que ele fazia, sufocou o sentimento, entende?".  A resposta foi: "Eu acho q isso é carencia e falta de carinho, quando você percebe que acabou, realmente acabou, não existe isso de segunda chance, segunda chance é apenas vontade de reviver o passado, você sente falta de como ela era com você, dos momentos, dos toques, dos carinhos... Você precisa disso, exatamente igual ou melhor, mas com outra pessoa, mas não encontra."
          Esta é a opinião do meu amigo...
          O caso é o seguinte, sentimentos geralmente são complicados, quando se trata de Estela... tudo é elevado ao cubo... Dentro de mim, na mente e na alma (coração) tenho um desejo imenso de viver um grande amor, aqueles arrebatadores, do tipo que fazem a vida toda valer a pena mesmo que dure um dia... porém, eu não vejo muitos desejos destes por aí, pelo menos não dos homens. Se eles desejam coisas deste gênero, não assumem. Quero viver um amor de alma, que supera a sexualidade, que a companhia um do outro já leve ao êxtase de alegria, que haja nada mais precioso que estar junto e amando-se. Momentos românticos. Que as duas pessoas entreguem-se e amem-se sem medo e sem aguardar recompensa (pois é assim que a mesma virá). Eu tenho plena consciência que isso é quase impossível, visto o mundo como está hoje, entretanto não posso crer que ninguém mais neste mundo deseje viver algo tão sublime e "incrível"...
           Pois é, este é meu grrande dilema, este desejo tão grande dentro de mim impede-me de ser "normal" e aceitar a pegação geral sem "qualquer amor"...
           Não sei bem porque escrevi isto tudo aqui, acho que só queria exteriorizar o que sinto e compartilhar, escrever é a forma mais fácil de fazê-lo sem que eu me enrole muito com as palavras...

           E AÍ, O AMOR MERECE UMA N-ÉSIMA CHANCE?
         

Primeiro poema de amor...

A primeira coisa que gostaria de compartilhar é um poema que fiz aos 16 anos, aquela idade em que tudo é demais e qualquer "amor" não correspondido é o suficiente para pedir a morte...

(Dou licença aos apaixonados que quiserem usá-lo... que minhas palavras acalentem vossos corações.)

O PODER DO TEU OLHAR


Como pode existir no mundo
Alguém com um olhar tão profundo?


Olhar que desvenda a alma
Penetra na mente, tirando a calma.
Invade, encanta, paralisa
Impetuoso como as ondas e doce como a brisa.


É mágico, especial
Por vezes não notado, como se fosse banal;
Entretanto é de uma doçura infinda, perfeito!
É imagem gravada na mente e saudade no peito.


Uma vez visto, jamais se esquece,
É por estes olhos que, hoje, meu coração padece.
Ó olhar que por momentos tenho no meu:
Saiba que meu olhar também é teu.


Lembro-me deste olhar
Que minha calma vem tirar,
Maravilhosa lembrança sempre a me sondar,
Porém dói sua ausência e faz meu pranto rolar.


Quem me dera ter um olhar tão marcante assim,
Mas espero que meu olhar possa trazê-lo pra mim.
Meu olhar não é belo, tampouco contemplado,
Contudo tem a sinceridade e o desejo de um
OLHAR APAIXONADO...

(Estela Moura)